Os índios e o Parque São Bartolomeu
Antes
da chegada dos portugueses, e até dos africanos eram os índios
tupinambás, uma das tribos pertencentes ao grupo tupi-guarani, que
habitavam a região do parque. Os tupi-guaranis povoaram todo o país no
século 16 e tinham uma população média de um milhão de habitantes.
Instalaram-se aqui após passar pela região costeira, vindos de onde
viria a ser a colônia portuguesa. Eles acreditavam que o fim do mundo
estaria próximo e migraram em direção à costa encontrando os portugueses
que haviam acabado de atracar em terreno brasileiro.
Os quilombos de São Bartolomeu
As
matas de São Bartolomeu abrigaram os candomblés, que existem até hoje,
os indígenas e o lendário Quilombo dos Urubus e suas manifestações,
onde índios e negros se refugiavam contra perseguições escravocratas.
Nestas matas reuniram-se rebeldes que organizaram diversas revoltas
libertárias no século XVII. A existência de quilombos, onde a cultura
de origem africana, notadamente a religiosa, era praticada livremente,
devido às características especiais da natureza naquela região, levaram
as comunidades negras às matas de São Bartolomeu-Pirajá- atual Parque
Metropolitano de Pirajá do qual o Parque São Bartolomeu é parte
integrante- como um santuário do candomblé.
Para
a religião afro-brasileira, a natureza é sagrada, as divindades
cultuadas são representadas por acidentes naturais e vivem nas
cachoeiras, árvores, rios, manguezais, pedras, fogo, mar e vento. Até o
final dos anos 60 aconteciam com regularidade as festas ritualísticas
de terreiros de várias regiões do país. Houve tempo em que não se
iniciava um filho - de - santo na Bahia sem que antes ele passasse pelo
Parque para banhar-se e purificar-se, deixar oferendas na mata e fazer
rufar os tambores para celebrar as forças da natureza.
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